Angélica comandava brincadeiras e bate-papos neste programa de auditório infantojuvenil, que tinha também números musicais e exibição de desenhos.
Ao longo dos cerca de cinco anos em que permaneceu no ar, o programa sofreu diversas alterações, inclusive de horário, com a estreia de novos quadros e cenários a cada ano, realização de gravações externas, produção de especiais ligados a comemorações (como o Carnaval), gravações voltadas para os períodos de férias (Angel Mix Férias), além de mudanças na equipe, todas reflexo de variações no conceito e foco do programa.
EVOLUÇÃO
Direção: Marcelo Zambelli, Márcio Trigo, Pedro Vasconcellos
Direção-geral: Roberto Talma
Período de exibição:16/09/1996 – 30/06/2000
Horário: 11h (1996) e 8h30 (a partir de 1997)
Periodicidade: de segunda a sexta-feira
Direção-geral: Roberto Talma
Período de exibição:16/09/1996 – 30/06/2000
Horário: 11h (1996) e 8h30 (a partir de 1997)
Periodicidade: de segunda a sexta-feira
Nos primeiros anos, cerca de 500 crianças, de 8 a 10 anos, participavam das gravações de Angel Mix, realizadas no Teatro Fênix, no Jardim Botânico. Para animar o auditório e organizar as atrações do programa, a apresentadora Angélica contava com o auxílio de quatro “angels” – Michele Machado, Juliana Silveira, Giovanna Tominaga e Mirella Tronkos – e dois “angélicos” – Caio César Bonafé e Daniel Florenzano.
Angel Mix privilegiava as brincadeiras com as crianças do auditório e a exibição de desenhos animados, mas também apresentava quadros fixos. Na estreia, destaque para os quadros Internautas, que simulava uma conversa via internet de Angélica com uma criança, e Pé na Estrada, com reportagens realizadas em diversos estados do Brasil, sempre tendo a criança como tema.
Em sua estreia, o programa tinha redação final de Bernardo Vilhena, e direção de Paulo Aragão e Mário Meirelles, que também se encarregou da direção-geral. As brincadeiras eram supervisionadas por Paulo Bruxo e Bruno Menescal, e a produção do infantil pertencia ao Núcleo J.B. de Oliveira (Boninho).
Inicialmente voltado para crianças e adolescentes, o programa passou a contar, no final de 1998, com uma parte direcionada a crianças de 2 a 9 anos, e outra dirigida ao público de 10 a 14 anos. Esquetes estrelados por Angélica e bonecos, além de quadros curtos e desenhos, iam ao ar na parte infantil, enquanto na parte voltada para os pré-adolescentes Angélica apresentava números musicais e quadros de interação com o público.
Entre os desenhos animados exibidos pelo programa ao longo dos anos estavam A Turma da Mônica(em episódios de um minuto de duração), Tassmania, As Tartarugas Ninja e Popeye. Desenhos clássicos como Piu-Piu e Frajola, Pernalonga, Scooby Doo, Zé Colméia, Godzilla, Luluzinha e Pantera Cor-de-Rosa também foram ao ar no programa, assim como a série inglesa Teletubbies.
Menos de um ano depois de sua estreia, em janeiro de 1997,Angel Mix teve sua duração ampliada. O horário de exibição também foi alterado e a atração infantil passou a entrar no ar às 8h30. Ao longo daquele ano, Alexandre Lannes substituiu Mário Meirelles na direção-geral e na direção, ao lado de Paulo Aragão.
Em abril de 1997, novos quadros foram criados para o programa. No quadro de calouros, destinado a crianças dos 5 aos 16 anos, os concorrentes se apresentavam cantando ou executando um número artístico para uma banca de cinco jurados famosos, um dos momentos mais divertidos do infantil. Na mesma época, nove brincadeiras inéditas passaram a agitar a atração. Em Pé de Pato Mangalô, as crianças mergulhavam numa piscina e tentavam apanhar, com um puçá, peixes em forma de bolas de gás arremessados por um canhão.
1998 Angel Mix foi inteiramente reformulado em março de 1998, com a renovação de quadros, cenografia e equipe. Exibido das 8h30 às 11h20, o programa ganhou visual de revista eletrônica voltada para crianças e adolescentes, e buscou uma linha mais educativa, contando com a assessoria de especialistas em pedagogia para desenvolver quadros e brincadeiras.
A estrutura do Angel Mix tornou-se mais fragmentada, e Angélica, além de apresentadora, passou a exercer a função de atriz não só na novelinha Caça Talentos, mas em esquetes. Carlos Magalhães (diretor da novelinha diária) assumiu a direção-geral do infantil, que passou a contar com Marcelo Zambelli e Mário Lúcio Filho na direção. O núcleo de produção do diretor Jorge Fernando assumiu o programa entre março e junho do mesmo ano. Após esses quatro meses, Angel Mix passou a ser produzido pelo Núcleo Ricardo Waddington.
Em março de 1998, Angélica protagonizava três esquetes bem-humorados que funcionavam como fio condutor do programa. Em um deles, ela era uma professora de ginástica gorda (Malha Sônia); em outro, uma salva-vidas perua (Brigite); no último, uma hippie que não sabia cozinhar e vendia sanduíches naturais (Alga Maria).
Entre os novos quadros que estrearam naquele ano, destaque para Papo de Praia, no qual a apresentadora recebia convidados ilustres com os quais conversava sobre temas de interesse dos jovens, em uma espécie de mesa-redonda, da qual participavam adolescentes e a psicóloga Rosely Sayão.
Em 1º de junho de 1998, em função da Copa do Mundo na França, estreou o quadro Pergunte ao Arnaldo, no qual o comentarista Arnaldo Cezar Coelho revelava curiosidades sobre o campeonato e respondia a perguntas selecionadas. Outro quadro criado para o programa mostrava Angélica abordando assuntos de cidadania, educação, história do Brasil, ecologia, turismo e manifestações culturais regionais. Diariamente, a apresentadora assumia o papel de professora e dava aulas para 20 crianças com o auxílio de um videowall – que mostrava imagens de arquivo e entrevistas.
Edutaintment
A partir de setembro de 1998, o programa começou a sofrer novas mudanças graduais, sob o comando de Roberto de Oliveira, diretor de desenvolvimento de projetos. O diretor Cao Hamburger foi contratado para atuar como consultor da nova programação infantil, que buscava unir educação e entretenimento, botando em prática o novo conceito chamado de edutaintment, que tinha como fundamentos as noções de que a criança pode aprender se divertindo, e de que a televisão deve educar entretendo. A educadora Patrícia Lins e Silva atuava, na época, como consultora pedagógica da parte infantil do Angel Mix. A aparição da apresentadora Angélica, resultante da junção da parte infantil do programa (levada ao ar de 8h as 11h) com a parte pré-adolescente (de 11h as 12h), não passava de uma hora.
Garrafinha
Uma das novidades do programa dentro do conceito de unir educação e entretenimento ficou por conta de um quadro de bonecos de manipulação, estrelado pela personagem Garrafinha – uma menina ruiva e baixinha (“tampinha”), com “corpinho de barril” e óculos “fundo de garrafa” –, que ia ao ar por volta das 10h, com quatro minutos de duração. Muito simpática, Garrafinha tinha 9 anos e enfrentava problemas comuns a meninas e meninos dessa idade. Ela vivia balançando os cabelos encaracolados e dizendo: “Deu um nó na minha cabeça”. A menina dividia a cena com seu cachorro Musicão (personagem que vivia cantando, e usava uma boina estilo reggae) e o pinguim de geladeira Fraldo (um pinguim bebê que usava fralda e chupeta, e morava no congelador da casa de Garrafinha). Os bonecos de espuma foram criados pela escritora Mariana Caltabiano e eram manipulados por Marcos Toledo, Magda Crudelli e Henrique Serrano.
Em 1999, o quadro da Garrafinha foi reformulado, e a menina ganhou a companhia de mais dois personagens: o padeiro português Seu Pois-Pois e Quadrinhos, um menino de 10 anos louco por revistas em quadrinhos. Os novos episódios gravados na Cinédia, em Jacarepaguá, ganharam um novo cenário (que passou de virtual a real), mostrando a vila onde Garrafinha morava, a fachada de sua casa, uma banca de jornais e uma padaria, além do habitat do pinguim Fraldo, cenário com neve e iglu.
Ainda em 1998, no mês de novembro, uma nova brincadeira estreou no programa. Direcionada para adolescentes, Ligação funcionava da seguinte forma: uma pessoa da plateia dava o número do telefone de sua casa e, se o escolhido acertasse quem atenderia a chamada, Angélica fazia perguntas para os dois. Do palco, o convidado poderia brincar com um parente, amigo ou qualquer outra pessoa que estivesse em sua casa.
Outra atração era a brincadeira Divã, na qual Froidélia (Angélica) conversava e fazia perguntas pessoais para os adolescentes, que ficavam no palco, deitados num divã.
Entre os novos personagens que estrearam no final do ano estava a Sereia Serena (Angélica), que lia as cartas e e-mails enviados pelo público, auxiliada pelo polvo Zé Polvilho, um boneco cuja mobilidade era fruto do trabalho de dois manipuladores. O polvo logo ganhou uma nova companhia: uma tartaruga medrosa, movida à distância por controle remoto.
1999
Em março de 1999, o programa teve alterações no cenário e ganhou quadros novos. Mônica, Cebolinha, Magali, Cascão, Bidu, Franjinha e os demais personagens criados por Mauricio de Sousa passaram a fazer parte do elenco da TV Globo, na forma de desenhos animados, sob a direção de criação de Carlos Manga. Mauricio de Sousa assinara um contrato com a TV Globo em dezembro de 1998.
Na programação especial de férias, Angélica estrelou histórias baseadas em clássicos infantis como Ali Babá e os 40 Ladrões, Os Três Porquinhos, Simbad, o Marujo, Chapeuzinho Vermelho, João e o Pé de Feijão e Festa no Céu, além de lendas brasileiras (Sono do Rio, Caipora, Vitória Régia, Saci-Pererê e Gruta dos Amores), sempre acompanhada de sua amiga, a tartaruga marinha Tatá, que interagia com a apresentadora. As duas viviam aventuras a bordo do “Mixmóvel”. As histórias contavam com a participação de convidados especiais, como Leonardo Vieira, Claudio Torres Gonzaga, João Carlos Barroso e muitos outros.
No mês de julho, foi ao ar o Angel Mix Férias, com gravações externas nas quais Angélica abordava diferentes assuntos, sob a ótica das crianças, em várias regiões do Brasil, como nos pontos turísticos Pão de Açúcar, Cristo Redentor e Jardim Botânico, no Rio de Janeiro; no zoológico de São Paulo; e num parque aquático em Fortaleza.
Outra novidade foi a estreia, em outubro de 1999, da novelinha ecológica Flora Encantada, estrelada por Angélica. O programa também passou a exibir o quadro Capitão Sardinha, criado e dirigido por Cao Hamburger.
Em 1999, a equipe de Angel Mix era formada por Rogério Gomes na direção-geral, e Marcelo Zambelli e Ulysses Cruz na direção. Com direção de criação de Carlos Manga, o programa contava com a supervisão de texto de João Alegria. As externas do Angel Mix Férias tiveram direção de Ignácio Coqueiro.
Teletubbies
Em 11 de janeiro de 1999, dentro do conceito de edutaintment, estreou a série Teletubbies, direcionada ao público pré-escolar de um 1 a 5 anos de idade, exibida de 8h30 as 9h. A série era distribuída pela empresa The itsy bitsy Entertainment Company e foi criada e desenvolvida pela produtora inglesa Ragdoll Productions (UK) Ltd.
Tinky Winky, Dipsy, Laa-Laa e Po eram os quatro Teletubbies, quatro bebês tecnológicos que interagiam entre si e com o público de forma inocente e carinhosa. Eles viviam felizes em uma terra mágica, onde dançavam, cantavam, pulavam, corriam, marchavam e rolavam na grama para manifestar seus sentimentos. A casa dos personagens ficava situada em um cenário de colinas, com coelhos e flores falantes. Lá, eles operavam aparatos tecnológicos para suprir suas necessidades, como a torradeira que lançava torradas diretamente em seus respectivos pratos, a máquina de fazer mingau e Noo-noo, um engraçado "aspirador de pó", tratado pelos personagens como um bichinho de estimação.
Um sol com a carinha de um bebê sorridente nascia e se punha no início e no fim do programa, reagindo com caretas às aventuras dos Teletubbies. Os personagens se interessavam por todas as novidades que apareciam em cena, especialmente pela voz de periscópios semelhantes a telefones que, ao trazer sons do mundo real, nomeavam objetos, cantavam músicas e contavam histórias, chamando a atenção para algum objeto e ajudando a fixar conceitos. Essas vozes, segundo os idealizadores do programa, funcionavam como a intervenção dos adultos nesse mundo onde realidade e imaginário se confundiam. Havia também um catavento mágico, cujo som, acompanhado de efeito especial, sinalizava novos acontecimentos e indicava a exibição de cenas com crianças reais, em forma de vídeo, nas barriguinhas dos Teletubbies.
As barriguinhas dos personagens se iluminavam, tornando-se telas de TV onde se podiam ver imagens de crianças do mundo real lidando com diferentes situações típicas de sua faixa etária. Essas inserções ganharam uma versão local, com a participação de crianças brasileiras representativas de diferentes níveis sociais, e foram produzidas pela equipe do programa Angel Mix sob a direção de Toni Venturi. Os inserts constituíam uma parte documental que tinha relação com o conteúdo das histórias, mas foram integrados à realidade brasileira. A fidelidade à concepção da série também se estendeu às dublagens de cada um dos 130 episódios comprados pela Rede Globo, que foram cuidadosamente traduzidos.
A série foi idealizada por Anne Wood, fundadora e diretora de criação da produtora inglesa Ragdoll, e por Andrew Davenport, coautor e roteirista do programa. Era gravada em um sítio em Stratford upon Avon, a três horas de Londres, na Inglaterra.
Produzida em 1997 e inicialmente exibida na BBC, Teletubbies era apresentada em 22 países (por vezes, em mais de uma emissora): África do Sul, Austrália, Bélgica, Canadá, Cingapura, Dinamarca, Espanha, Estados Unidos, Estônia, Finlândia, França, Holanda, Hong Kong, Israel, Malásia, Malta, Nova Zelândia, Noruega, Portugal, Suécia, Tailândia e Turquia. A série rendeu à Ragdoll seis prêmios, entre os quais o de melhor programa pré-escolar, conferido, em 1998, pela Third British Academy Children’s Awards (The Children’s BAFTA’s).
2000
A partir do dia 20 de março de 2000, Angel Mix sofreu nova reformulação e passou a ter direção-geral e de Núcleo de Roberto Talma. Ainda com direção de Marcelo Zambelli, o programa diminuiu o número de crianças presentes no auditório – passou a ter cerca de 100 – e apresentou novos quadros, como Bichoquê, no qual os bichos soltavam a voz; Palavreado, inspirado na tradicional brincadeira do dicionário, com a participação do telespectador; e Bate-papo, quadro de entrevistas com personalidades.
A novelinha Flora Encantada deixou de ser exibida, e a parte de dramaturgia passou a mostrar o cotidiano e as aventuras de uma engraçada família, que costurava todo o programa. A narrativa se baseava nos personagens do livro e da peça teatral As Molecagens do Vovô, de Márcio Trigo, responsável pela direção da história.
A família, que adorava se reunir para assistir aos programas de Angélica na televisão, era composta por seu Ernesto, o pai (Ernani Moraes); Dona Eulália, a mãe (Alice Borges); Talita, a pré-adolescente vaidosa (Gabriela Lebron); Rafael, o irmão dividido entre a realidade e a imaginação (Yuri Jaimovich); Vovô (Antônio Pedro) e a babá Noêmia (Marilu Bueno). Angélica não contracenava com esses novos personagens. Sua participação na trama se dava em conversas através da televisão.
Em junho de 2000, Angel Mix saiu do ar, sendo substituído pelo programa infantil TV Globinho e, posteriormente (em outubro), por Bambuluá, atração infantil que também contava com a participação de Angélica.
CENÁRIO
O primeiro cenário de Angel Mix, criado por Mauro Monteiro, lembrava uma arena esportiva. As crianças ficavam acomodadas numa arquibancada e em duas passarelas de dois andares, montadas no Teatro Fênix, no Rio de Janeiro, onde o programa era gravado – antes de as gravações serem transferidas para o Projac. Ao fundo, um computador, chamado PC do Bem, conversava com a apresentadora e fazia parte de algumas brincadeiras.
Em 1998, o cenário do Angel Mix foi reformulado e passou a ter a praia como tema central. Nas datas festivas, o ambiente era transformado, ganhando o clima da comemoração em questão, como a Copa do Mundo, as Festas Juninas ou a chegada da Primavera.
ABERTURA
ABERTURA
No programa de estreia, crianças de diversos estados do Brasil enviaram mensagens positivas e carinhosas para Angélica, desejando sorte no novo programa. Os depoimentos foram intercalados com imagens da apresentadora no camarim, preparando-se para a gravação do primeiro Angel Mix.
Nos programas posteriores, Angélica entrava em cena a bordo de uma nuvem, no centro de uma grande letra “A” em azul, com duas asas e uma auréola.
Em 2000, a abertura de Angel Mix foi reformulada e passou a mostrar um clipe da apresentadora com a família que fazia parte do programa. Ao lado de Yuri Jaimovich, intérprete do menino Rafael, Angélica cantava a música Essa é Minha Família, de autoria de Márcio Trigo.
FONTE: Gshow
FONTE: Gshow
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